segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PRÁ DIZER QUE NÃO FALEI DOS VERSOS.


OS MORTOS

Ao menos junto dos mortos pode a gente
Crer e esperar n'alguma suavidade:
Crer no doce consolo da saudade
E esperar do descanso eternamente.

Junto aos mortos, por certo, a fé ardente
Não perde a sua viva claridade;
Cantam as aves do céu na intimidade
Do coração o mais indiferente.

Os mortos dão-nos paz imensa à vida,
Dão a lembrança vaga, indefinida
Dos seus feitos gentis, nobres, altivos.

Nas lutas vãs do tenebroso mundo
Os mortos são ainda o bem profundo
Que nos faz esquecer o horror dos vivos.

Cruz e Souza



comentários:

Blog do Roberto Almeida disse...
lindo poema. O que eu postei não chega a tanto. Mas o que importa é esse respeito e homenagem aos que já partiram.

2 de Novembro de 2009 19:38

Um comentário:

  1. lindo poema. O que eu postei não chega a tanto. Mas o que importa é esse respeito e homenagem aos que já partiram.

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