quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PRÁ DIZER QUE NÃO FALEI DOS VERSOS

Beethoven Surdo


Surdo, na universal indiferença, um dia,
Beethoven, levantando um desvairado apelo,
Sentiu a terra e o mar num mudo pesadelo...
E o seu mundo interior cantava e restrugia.

Torvo o gesto, perdido o olhar, hirto o cabelo,
Viu, sobre a orquestração que no seu crânio havia,
Os astros em torpor na imensidade fria,
O ar e os ventos sem voz, a natureza em gelo.

Era o nada, a eversão do caos no cataclismo,
A síncope do som no páramo profundo,
O silêncio, a algidez, o vácuo, o horror no abismo...

E Beethoven, no seu supremo desconforto,
Velho e pobre, caiu, como um deus moribundo,
Lançando a maldição sobre o universo morto!

Olavo Bilac

2 comentários:

  1. Cara Cientista,

    Procurando notícias da minha querido Garanhuns, encontro um album ´fotográfico publicado por você,o mesmo mostra os escombros do que fora a Casa do Estudante Pobre de Garanhuns. Comfeço que fiquei estarrecido, pois o mesmo informa o severo grau de apotia que acomete os governandes e lideranças da minha terra.
    Acredito que só gente como você e o Wagner Marques, poderá acordar o povo de Garanhuns e especialmente o estudante, para a história e inportância da Casa do Estudante Pobre de Garanhuns, construida com muita luta, dedicaçao e espírito público, tendo à frente Geraldo Calado.

    Abraço.

    Gildo Calado

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